quarta-feira, 24 de outubro de 2018

Soulzera


Soulzera é uma banda de rock vinda do ABC Paulista - SP, formada em 2006 por Well (voz/guitarras) e tem como proposta fazer um Rock and Roll honesto, cantado em português, com influências de Metallica, Zakk Wylde (Pride & Glory/BLS/solo), Black Stone Cherry, Titãs, Cascadura, Blackberry Smoke e diversas outras, das mais variadas vertentes. 

Após um hiato de 5 anos, a banda retorna em 2015 e inicia a gravação do álbum de estréia "Onda Sonora Relevante". O disco foi produzido, gravado, mixado e masterizado por Michel Oliveira (Forka, M.O Project, Code-37, 7th Guest, Seven Seals of Apocalipse) no Sputnik Home Studio em São Paulo/SP. Neste período, Michel Oliveira também assumiu a guitarra solo do disco e fez outras participações especiais nos Backing vocals e baixos, com lançamento nacional pela gravadora Voice Music. 

Agora com nova formação; Well Soulzera (voz/guitarras), Wesley Sixx (guitarras), Caio Silva (baixo) e Mike Neves (bateria), banda está na estrada divulgando seu disco de estréia.


Apoio: 

Coletivo Rock ABC, Sputnik Studio, Bamboo Estúdio, Estúdio Black Saga, Fernando Tattoo. 


LINKS: 

Twitter: @SoulzeraRock 


Contato: soulzera@hotmail.com, soulzeraofficial@gmail.com Tel.: (11) 99550-8125


domingo, 21 de outubro de 2018

Fabricantes de Planetas


Os artistas-visuais Adriano Castello Branco e Fábio Marques vinham desenvolvendo em São Paulo mais precisamente no bairro Jabaquara, no ano de 2015, uma máquina denominada pelos mesmos como Chocadora de Planetas, sendo uma das primeiras criações dos Fabricantes de Planetas, nomeação ainda não oficial. Nesse meio tempo o percussionista e ator Rogério Almeida juntamente com Fábio Marques criavam canções para um projeto musical que trabalhava composições, essas em sua grande parte possuíam referências regionais. Em 2016, ano em que todos passam a trabalhar juntos na Escola Municipal de Iniciação Artística - EMIA, Rogério faz o convite ao guitarrista Douglas Froemming para participar do projeto musical.


Em 2017 o grupo é batizado com o nome Fabricantes de Planetas em sua primeira aparição, ainda sem estar com a formação completa, pelo compositor e padrinho do grupo Pedro Osmar, numa participação realizada no Disjuntor, espaço criado por um coletivo de artistas localizado na Mooca. Na sequencia veio mais um convite para participação no show do cantor Sander Mecca no Teatro da Rotina onde o grupo se apresenta pela primeira vez completo. Daí por diante, o grupo já com sua formação concretizada, realizou apresentações em casas culturais e teatros de São Paulo, constituindo um primeiro esboço do trabalho com uma demo na plataforma digital do Soundcloud e alguns vídeos no YouTube.

Em 2018, o grupo começa se apresentar em novos espaços de São Paulo como Espaço Cultural Zapata e no Presidenta, obtém quinto lugar na classificação de bandas com menos de um ano e meio, no festival de inverno de Paranapiacaba e lança seu primeiro EP no espaço de resistência que acolhe refugiados, o Al Janiah, localizado no Bexiga. O EP foi gravado de forma independente e lançado em todas as plataformas digitais.


Plataformas digitais:

E-mail: fabricantesdeplanetas@gmail.com


segunda-feira, 8 de outubro de 2018

Ted Boys Marinos


O Ted Boys Marinos é uma banda de Surf Rock, formada em 2014 em São Paulo Capital, e tem no nome uma homenagem ao lendário lutador de luta livre Ted Boy Marino, que fazia sucesso na televisão brasileira nos anos 60/70 nos programas Telecatch, da TV Excelsior, e como ator coadjuvante no programa Os Trapalhões, na TV Globo, entre outros.



Formado pelos veteranos da cena Marcio Garcia e Clayton Martin ,que foram parceiros na banda de surf rock/pop nacional “Os Ostras” e que tiveram grande êxito nas rádios e MTV no meio dos anos 90, ainda conta com o excelente guitarrista/compositor e colecionador de instrumentos Fernando Ozeki . 


Após quase 20 anos de hiato entre a parceria da dupla Marcio & Clayton ( baixo-bateria) eis que em agosto de 2018, TED BOYS MARINOS lançam o álbum de estreia, totalmente autoral intitulado “Surf Sessions” que saiu pelo selo americano Otitis Media Records ( Texas / USA ) produzido por Clayton & Ted Boys Marinos , gravado e mixado no Estudio Submarino - SP .


O trio segue compondo , e fazendo shows pelo país fazendo a divulgação do álbum de estreia“ Surf Sessions” e já em vias de começar um segundo disco ainda nesse ano de 2018 .

Contatos:

sábado, 6 de outubro de 2018

Entrevista Giant Jellyfish

O Brasil Rocker traz hoje uma entrevista com a banda Giant Jellyfish. A sonoridade da banda é um "Underwater Fuzz", como é denominado pela própria banda. Já lançaram o seu primeiro álbum nesse ano (2018).


Pessoal da Giant Jellyfish, é uma honra estar fazendo essa entrevista com uma banda que considero uma das melhores do Rock Nacional dos últimos anos! Sintam-se à vontade e divirtam-se! Vamos lá, como a Giant Jellyfish começou?

Teka: Eu e o Rafa estamos juntos há quase 14 anos e já tínhamos tocado em outras bandas que, embora fossem som autoral, sempre tinham um cabeça, então a gente não tinha uma participação efetiva no processo de composição. Nessa época eu só berrava e ele tocava baixo. Em meados de 2015, resolvemos que estava na hora de fazermos nossas próprias músicas, o Rafa partiu pra guitarra, eu arrumei um teclado e aí começamos a fazer nossos sons, sem nenhum direcionamento específico, apenas deixando fluir. O Tiba (nosso ex-baixista) estava conosco desde o início, mas a coisa só tomou forma mesmo em 2016, quando encontramos o Leandro. A partir daí sim, nascia a Giant Jellyfish. E agora, com a chegada do Claudio no baixo, ganhamos um novo gás!



De onde surgiu o nome da banda?


Teka: De brincadeiras com a sonoridade (risos)... O "Giant" veio primeiro, de repente surgiu a "Jellyfish" (água-viva) e acabamos gostando da ideia de ter no nosso nome uma criatura tão fantástica e naturalmente psicodélica.

Quais as principais influências musicais da banda?

Teka: Elas vêm das nossas influências e gostos pessoais, que são bem parecidos. De Black Sabbath ao grunge aos sons psicodélicos (velhos e novos). Nossa sonoridade não é planejada, nunca pensamos "vamos fazer uma banda que soe assim ou assado", as músicas vão surgindo e entregando nossos gostos.

A banda autointitula sua sonoridade como "Underwater Fuzz". O que seria Underwater Fuzz?

Teka: Vem da própria ideia da água-viva, lá nas profundezas, fazendo muito barulho (embora elas não façam barulho, hahaha) acho, (risos)... É como se ligássemos nosso som cheio de Fuzz dentro do oceano, algo assim (risos)...

Comente um pouco sobe o processo de composição da banda.

Teka: Geralmente os sons nascem da guitarra do Rafa, aí eu venho com letra e melodia e a partir daí surgem as linhas de batera e baixo.


Em abril de 2018, a banda consegue lançar seu primeiro álbum, homônimo a banda "Giant Jellyfish" . Como foi o processo de gravação desse álbum?

Teka: Foi praticamente ao vivo! Fizemos uma sessão gravando batera, baixo e guitarra com todos tocando juntos e depois mais uma só com overdubs de guitarra, voz e teclados.

Apesar de também ter sido lançado nas plataformas digitais, o álbum saiu em formato de CD físico. Os fãs ainda priorizam comprar o CD para apoiar a banda? Qual a opinião da banda sobre plataforma digitais?

Teka: Não priorizam não, mas não considero isso um problema, de maneira alguma. Acredito que a popularização das plataformas digitais é também uma maneira de democratizar o acesso à música e vejo isso com bons olhos. Claro que sinto alguma nostalgia em relação a pegar o encarte e me entregar ao todo que aquele material transmite, mas acho que o importante mesmo é a música e ela está lá, só ouvir!

Como foi para a Giant Jellyfish gravar seu primeiro álbum?

Teka: Emocionante! É nosso primeiro (de muitos, espero!) bebê  (risos).

Qual a recepção que esse primeiro álbum vem recebendo?

Teka: Somos uma banda ainda bem pequena, mas a recepção tem nos surpreendido. Galera de vários lugares do país e até do mundo vêm nos falar sobre ele e isso é uma delícia. Além disso, os convites pra shows dispararam e tocar ao vivo é ainda melhor!



Em julho, é lançado o clipe de "This Landscape of Steel". De onde surgiu a ideia do clipe?

Teka: A ideia partiu do diretor do vídeo, Gabriel França, algo simples, apenas nós tocando com projeções psicodélicas sobre nós. O interessante é que, se tivesse sido nossa escolha, teríamos feito exatamente a mesma coisa.

Quem produziu esse clipe? Fale um pouco sobre o processo de produção do próprio.

Teka: Foi o Gabriel França, que conhecemos quando tocamos junto com a banda dele, o Lollais (aliás, ótima banda, escutem!). Fizemos as gravações em apenas um dia e depois o trabalho mesmo, foi todo dele. Adoramos o resultado!!!



Falem um pouco sobre o atual cenário alternativo brasileiro.

Teka: Na minha opinião, desde que sou adolescente, no final dos anos 90/começo dos 2000, essa é a melhor época pra bandas alternativas, agora temos uma variedade enorme de estilos e propostas, e vemos essa mistura nos shows por aí, sem preconceitos ou clubinhos. Claro que a importância que se dá ainda para bandas covers e eventos de determinados seguimentos ainda é grande, mas a abertura que se tem hoje aliada ao poder de divulgação das redes sociais, têm feito surgir cada vez mais coisa boa por aí.

Como é atualmente a cena de Rock no ABC paulista? Existem muitas bandas "parceiras" da Giant Jellyfish?

Teka: Muitas!!! O ABC é historicamente um lugar de onde saem muitas bandas de rock, e essa força tem só aumentado. Prefiro nem citar os nomes das bandas com medo de esquecer alguém, mas, posso dizer que considero todas com quem a gente já tocou como parceiras, além de muitas outras com quem ainda queremos tocar juntos.

Existe algum caso engraçado no qual a banda já passou para nos contar?

Teka:  Não lembro, acho que somos pessoas muito sérias (só que não, hahahahaha).

Quais os planos para o futuro da banda?

Teka: Não somos mais tão jovens de idade e, portanto, nem inocentes pra acreditarmos que um dia ainda viveremos só dá música. Então, nossos planos são simples: continuar tocando, compondo, gravando, tocando, compondo, gravando, tocando...

Galera, foi muito interessante realizar essa entrevista, com uma das bandas que considero uma das "promessas" do nosso Rock Nacional. Desejo sucesso a vocês, e que cresçam cada vez mais! Passo a palavra para vocês, caso queiram deixar algum recado aos leitores e aos fãs da banda...


Teka: Muito obrigada pelos elogios e pela força! Parabéns pela iniciativa do blog de ajudar a divulgar tanta banda boa que temos nesse país. Recado é um só: apoie sua cena local, vá aos shows, escutem os sons, conversem com as pessoas, estejam aí! Não se encostem no tempo e não me venham com o papo de que "o Rock morreu", quem morreu foi o interesse de algumas pessoas em seguir em frente. Abra a cabeça, os ouvidos e o coração que vocês vão ver a enorme quantidade de bandas interessantíssimas que temos por aí.




sexta-feira, 5 de outubro de 2018

Entrevista Flávio Ferb (Vírus)

O Brasil Rocker tem a honra de trazer uma entrevista com Flávio Ferb, vocalista da lendária banda de Heavy Metal Vírus, além de ser designer das capas do SP Metal. Ele fala sobre toda sua carreira no Metal, além de novidades para o futuro.

Flávio, fico lisonjeado em fazer essa entrevista, com um integrante de uma banda tão importante como o Vírus. Seja bem vindo e sinta-se à vontade!

Flávio: Eu fico agradecido por saber que, mesmo depois de tantos anos, nosso trampo de pioneirismo no Metal brasileiro ainda ecoa e é relevante para a cena Metal contemporânea.

Como a música entrou na sua vida?


Flávio: Comecei a curtir música e cantar quando meu pai comprou um disco compacto do Jackson’s Five (a banda da família do Michael Jackson quando ele era criança e já cantava). Nessa época eu tinha uns 6 anos e nem sabia o que era “rock pesado”, mas dali pra frente a música começou a fazer parte de todos os momentos da vida, até o dia em que conheci o som pesado! Aí fui infectado por esse vírus pra sempre (risos).

O Vírus foi sua primeira banda?


Flávio: Sim! Antes disso éramos apenas amigos skatistas de 13, 14 anos de idade imaginando ter uma banda igual a dos nossos ídolos: o Kiss! (mas ninguém ainda saia tocar nada!)



Como o Vírus foi escolhido para tocar no SP Metal?


Flávio: Quando o Luiz Calanca começou a consolidar ideia do SP Metal, ele estava muito envolvido com o projeto “Praça do Rock” que na época estava agitando o underground de sampa e era onde as bandas mostravam seu trabalho (no parque da Aclimação, em SP). Ele naturalmente escolheu as bandas que estavam mais atuantes nessa cena, e o Vírus era uma delas, junto com Salário Mínimo, Centúrias etc.

Cada banda possui sua maneira de compor suas músicas. Comente um pouco sobre o processo de composição e gravação do Vírus.


Flávio: Normalmente eu componho as letras e o Fernando Piu vem com a linha melódica principal, depois, no ensaio plugado ou num ensaio desplugado, vamos todos juntos fazendo os arranjos e encaixando a letra. É um jeito bacana onde todos podem colocar sua criatividade.

Você foi o designer das capas do SP Metal. Comente um pouco sobre o processo de criação das artes dessas capas.


Flávio: Na época do início das gravações eu já estava trabalhando como desenhista em um estúdio de personagens infantis, e já me prontifiquei a fazer a arte da capa (risos). O Luiz veio com a ideia do “Mapa de São Paulo” e eu imaginei juntar ao mapa algo que transmitisse algum tipo de energia... Aí fiz a arte com o mapa em neon vermelho e os raios elétricos emanando da capital paulista e rodeado pelos logos das bandas, tudo sobre um fundo black, e criei as letras do logo SP Metal como feitas em metal cromado, com bordas pontiagudas.


O Vírus tinha várias composições. O que os levou a gravar "Matthew Hopkins" e Batalha no Setor Antares"?


Flávio: Bom, acho que eram as músicas que a própria banda mais curtia tocar! Talvez por isso é que nos shows eram as que mais “destruíam”  e levantavam o público. Escolhemos também por serem duas músicas velozes e com histórias bem diferentes, a “Matthew” um acontecimento sinistro histórico/medieval e a “Batalha” uma história de ficção científica que pode acontecer milhares de anos no futuro...

"Matthew Hopkins" é um hino do Heavy Metal nacional! O que essa música representa para você?


Flávio: A “Matthew” é uma exceção, pois tanto a letra como a canção foram compostas por mim. Ela sempre vai ser especial... É muito emocionante hoje no show ouvir o público cantando junto aquela música que você compôs quando tinha 16 anos sozinho lá seu quarto na casa de seus pais...



Como era o entrosamento das bandas de Heavy Metal nos anos 80?


Flávio: Basicamente era de parceria e amizade, sempre quando faziam shows juntos havia esse compartilhamento de instrumentos e equipamentos. Claro que tinha uma leve competição, mas não me lembro de isso gerar tretas etc. a coisa era bacana nesse sentido, aliás naquele tempo fizemos amizades que perduram até hoje! acho que todos sentiam que estavam iniciando um movimento que poderia crescer muito...

Existe um episódio bem interessante na carreira do Vírus, com Celso Blues Boy. Conte-nos mais sobre esse acontecimento.


Flávio: Que eu me lembre foi até engraçado. Nós fomos para o Rio de Janeiro fazer um Pocket Show num bar lá na Tijuca chamado “Mistura Fina”. Se não me engano foi em 1984...  A revista Roll ou a Metal que haviam feito a entrevista e fizemos um vídeo com a BB vídeo. Não lembro bem mas o Celso Blues Boy estava lá e teve algum problema com a guitarra dele. Ele então pediu a guita do Fernando Piu emprestada... Seria bem legal vê-lo tocar, mas a guitarra estava muito podre e e acabou não rolando, tipo, nem deu pra ver o Blues Boy tocando com o instrumento do guitarrista do Vírus naquele dia! (risos).

Nos anos 80, o Vírus não gravou um álbum completo. Porque isso não aconteceu?

Flávio: Acho que o fator inicial principal era o custo. Nos anos oitenta gravar significava um custo grande em horas de estúdio (não existiam softwares), e lançar o disco significava gravar em LP, o que era muito caro. Somando a isso das duas vezes que começamos o trabalho, as gravadoras independentes que estavam  investindo simplesmente quebraram financeiramente diante dos planos econômicos malucos daquela época. Aí o tempo foi passando e não focamos como deveríamos, então não rolou.

O que ocasionou o fim da banda na década de 80?

Flávio: Talvez a junção de duas coisas: a falta apoio e de grana (remuneração nos shows – simplesmente não se pagavam as bandas) e um certo cansaço e desanimo com isso. O Caio, nosso batera original sempre foi também um buscador, um cara que questionava sobre a vida etc, então ele resolveu deixar a banda e se juntou a um grupo espiritualista, mudando de cidade. Chamamos o Lucio Del Cielo para assumir as baquetas e ainda fizemos o show no teatro Mambembe em SP. Eu estava também numa vibe de “vida alternativa” e isso foi muito forte na época, os interesses foram mudando... Aí com tudo isso resolveu-se parar.



Nos anos 2000, o Vírus retorna à ativa. Comente sobre esse retorno. 

Flávio: Aí novamente entra o Luiz Calanca. Em comemoração aos 30 anos de lançamento do SP Metal ele organizou um show no SESC Belenzinho em São Paulo, convidando as bandas participantes. Durante nossos ensaios pra esse show, vimos que estava rolando legal e resolvemos tentar esse retorno. A coisa estava dando certo!

Qual foi a reação dos fãs em relação a esse retorno?

Flávio: Foi muito boa! Os fãs da época curtiram muito o retorno e falavam que deveríamos ter voltado antes! E também descobrimos que tínhamos muito fãs que nem eram nascidos nos anos 80!!!

Para o "Brasil Heavy Metal" o Vírus retornou ao estúdio, agora para gravar a música "Sacrifício". Vocês já tinham em mente retornar para gravar, ou inicialmente foi um retorno apenas para shows?

Flávio: Para o BHM a intenção era apenas gravar a “Sacrifício” para o filme. Essa gravação é que é com a formação original. A ideia de retornar para shows e gravar o álbum só vieram em 2015 com o show de 30 anos do SP Metal.



Em 2017, é lançado o single "Povo do Céu". Qual foi a receptividade dos fãs para esse single?

Flávio: A gravação do single teve como objetivo comunicar à cena que havíamos voltado e também um tipo de “cartão de visitas” do álbum completo que está em vias de gravação.



Esse single saiu em CD. Apesar de tantas tecnologias como plataformas digitais, vocês ainda priorizam o formato físico?

Flávio: Como você sabe nunca tivemos um álbum do Vírus. Pra isso foi importante ser em formato físico, com capa, ficha técnica, arte conceitual etc,  para as pessoas terem o CD nas mãos. Mas sim, assim que estiver com tudo pronto vamos disponibilizar nas principais plataformas digitais.

Tanto "Sacrifício" quanto "Povo do Céu" ganharam vídeos. Vocês ainda pretendem lançar mais videoclipes e trabalhar com plataformas digitais?

Flávio: Com certeza! Atualmente o vídeo é parte essencial exatamente para poder introduzir as músicas nos meios digitais e divulgar com mais força. Esses vídeos que você mencionou são lyric-vídeos pra ajudar os fãs a memorizarem as letras enquanto o álbum completo não chega.



O tão aguardado álbum completo do Vírus ainda não foi lançado. Como o banda vem trabalhando nisso?

Flávio: O plano já está em mãos e em breve entramos em estúdio. No momento estamos naquele lance de lapidar as músicas para otimizar o tempo e custos de estúdio. Tipo chegar e fazer a boa!

Para o novo álbum, são todas composições dos anos 80, ou tem algo composto após esse retorno?

Flávio: Serão todas composições dos anos 80 mas claro, com alguns toques e atualizações que deixaram o som mais pesado e contemporâneo sem mudar a energia e a essência de quando foram criadas.


Qual o show mais marcante do Vírus?

Flávio: Difícil te falar com certeza, mas penso que nos anos 80, o show no Sindicato dos Aeroviários, o show no Carbono 14 no Bixiga, no Elvira em Jacareí, e recentemente o Guaru Metal Fest 2017 marcaram bastante!

A contribuição do Vírus para o Heavy Metal nacional foi de grande importância. Como é saber dessa tamanha importância?

Flávio: No início dos anos 80 não havia nada, não tinha onde tocar, não tinham aparelhagens nem instrumentos, nenhuma estrutura para bandas de Heavy Metal atuarem, nem como divulgarem seus trabalhos. Tivemos que improvisar e criar tudo praticamente do zero e com os meios que tínhamos em mãos: desenhar, pintar e xerocar os cartazes de show e ficar nas portas das escolas distribuindo flyers xerocados, comprar couro e rebites e fabricar os cintos e braceletes na martelada em casa, pintar o backdrop com pincel e rolo de tinta... Acredito que essa missão de criar uma cena com as próprias mãos literalmente falando é o que fizemos de importante pra iniciar um movimento que hoje produz bandas que podem se comparar às maiores do mundo.



Quais os planos para o futuro da banda?

Flávio: Claro que sempre pensamos em melhorar, em ter o trabalho reconhecido e fazer grandes shows, mas por agora, nosso objetivo é lançar o tão esperado álbum de estreia!

Flávio, estamos chegando ao fim da entrevista... Como fã de Heavy Metal, foi uma grande honra entrevistar um integrante de uma banda que tanto contribuiu com esse gênero musical, que é o Vírus. Passo a palavra para você, caso queira deixar algum recado aos seus fãs e leitores do Blog...


Flávio: Penso que um desejo de todo músico de Rock/Metal no Brasil é poder mostrar seu trabalho de uma forma satisfatória, com boa estrutura de gravações, instrumentos, infraestrutura de boa qualidade em casas de show, para oferecer ao fã uma experiência bem bacana com as bandas que ele curte. Mas para isso acontecer é imprescindível que o público compareça aos shows, isso é o que vai alavancar os investimentos das próprias bandas e dos contratantes. Só com o público mostrando sua força é que o Metal nacional vai poder ficar mais forte.