sábado, 6 de outubro de 2018

Entrevista Giant Jellyfish

O Brasil Rocker traz hoje uma entrevista com a banda Giant Jellyfish. A sonoridade da banda é um "Underwater Fuzz", como é denominado pela própria banda. Já lançaram o seu primeiro álbum nesse ano (2018).


Pessoal da Giant Jellyfish, é uma honra estar fazendo essa entrevista com uma banda que considero uma das melhores do Rock Nacional dos últimos anos! Sintam-se à vontade e divirtam-se! Vamos lá, como a Giant Jellyfish começou?

Teka: Eu e o Rafa estamos juntos há quase 14 anos e já tínhamos tocado em outras bandas que, embora fossem som autoral, sempre tinham um cabeça, então a gente não tinha uma participação efetiva no processo de composição. Nessa época eu só berrava e ele tocava baixo. Em meados de 2015, resolvemos que estava na hora de fazermos nossas próprias músicas, o Rafa partiu pra guitarra, eu arrumei um teclado e aí começamos a fazer nossos sons, sem nenhum direcionamento específico, apenas deixando fluir. O Tiba (nosso ex-baixista) estava conosco desde o início, mas a coisa só tomou forma mesmo em 2016, quando encontramos o Leandro. A partir daí sim, nascia a Giant Jellyfish. E agora, com a chegada do Claudio no baixo, ganhamos um novo gás!



De onde surgiu o nome da banda?


Teka: De brincadeiras com a sonoridade (risos)... O "Giant" veio primeiro, de repente surgiu a "Jellyfish" (água-viva) e acabamos gostando da ideia de ter no nosso nome uma criatura tão fantástica e naturalmente psicodélica.

Quais as principais influências musicais da banda?

Teka: Elas vêm das nossas influências e gostos pessoais, que são bem parecidos. De Black Sabbath ao grunge aos sons psicodélicos (velhos e novos). Nossa sonoridade não é planejada, nunca pensamos "vamos fazer uma banda que soe assim ou assado", as músicas vão surgindo e entregando nossos gostos.

A banda autointitula sua sonoridade como "Underwater Fuzz". O que seria Underwater Fuzz?

Teka: Vem da própria ideia da água-viva, lá nas profundezas, fazendo muito barulho (embora elas não façam barulho, hahaha) acho, (risos)... É como se ligássemos nosso som cheio de Fuzz dentro do oceano, algo assim (risos)...

Comente um pouco sobe o processo de composição da banda.

Teka: Geralmente os sons nascem da guitarra do Rafa, aí eu venho com letra e melodia e a partir daí surgem as linhas de batera e baixo.


Em abril de 2018, a banda consegue lançar seu primeiro álbum, homônimo a banda "Giant Jellyfish" . Como foi o processo de gravação desse álbum?

Teka: Foi praticamente ao vivo! Fizemos uma sessão gravando batera, baixo e guitarra com todos tocando juntos e depois mais uma só com overdubs de guitarra, voz e teclados.

Apesar de também ter sido lançado nas plataformas digitais, o álbum saiu em formato de CD físico. Os fãs ainda priorizam comprar o CD para apoiar a banda? Qual a opinião da banda sobre plataforma digitais?

Teka: Não priorizam não, mas não considero isso um problema, de maneira alguma. Acredito que a popularização das plataformas digitais é também uma maneira de democratizar o acesso à música e vejo isso com bons olhos. Claro que sinto alguma nostalgia em relação a pegar o encarte e me entregar ao todo que aquele material transmite, mas acho que o importante mesmo é a música e ela está lá, só ouvir!

Como foi para a Giant Jellyfish gravar seu primeiro álbum?

Teka: Emocionante! É nosso primeiro (de muitos, espero!) bebê  (risos).

Qual a recepção que esse primeiro álbum vem recebendo?

Teka: Somos uma banda ainda bem pequena, mas a recepção tem nos surpreendido. Galera de vários lugares do país e até do mundo vêm nos falar sobre ele e isso é uma delícia. Além disso, os convites pra shows dispararam e tocar ao vivo é ainda melhor!



Em julho, é lançado o clipe de "This Landscape of Steel". De onde surgiu a ideia do clipe?

Teka: A ideia partiu do diretor do vídeo, Gabriel França, algo simples, apenas nós tocando com projeções psicodélicas sobre nós. O interessante é que, se tivesse sido nossa escolha, teríamos feito exatamente a mesma coisa.

Quem produziu esse clipe? Fale um pouco sobre o processo de produção do próprio.

Teka: Foi o Gabriel França, que conhecemos quando tocamos junto com a banda dele, o Lollais (aliás, ótima banda, escutem!). Fizemos as gravações em apenas um dia e depois o trabalho mesmo, foi todo dele. Adoramos o resultado!!!



Falem um pouco sobre o atual cenário alternativo brasileiro.

Teka: Na minha opinião, desde que sou adolescente, no final dos anos 90/começo dos 2000, essa é a melhor época pra bandas alternativas, agora temos uma variedade enorme de estilos e propostas, e vemos essa mistura nos shows por aí, sem preconceitos ou clubinhos. Claro que a importância que se dá ainda para bandas covers e eventos de determinados seguimentos ainda é grande, mas a abertura que se tem hoje aliada ao poder de divulgação das redes sociais, têm feito surgir cada vez mais coisa boa por aí.

Como é atualmente a cena de Rock no ABC paulista? Existem muitas bandas "parceiras" da Giant Jellyfish?

Teka: Muitas!!! O ABC é historicamente um lugar de onde saem muitas bandas de rock, e essa força tem só aumentado. Prefiro nem citar os nomes das bandas com medo de esquecer alguém, mas, posso dizer que considero todas com quem a gente já tocou como parceiras, além de muitas outras com quem ainda queremos tocar juntos.

Existe algum caso engraçado no qual a banda já passou para nos contar?

Teka:  Não lembro, acho que somos pessoas muito sérias (só que não, hahahahaha).

Quais os planos para o futuro da banda?

Teka: Não somos mais tão jovens de idade e, portanto, nem inocentes pra acreditarmos que um dia ainda viveremos só dá música. Então, nossos planos são simples: continuar tocando, compondo, gravando, tocando, compondo, gravando, tocando...

Galera, foi muito interessante realizar essa entrevista, com uma das bandas que considero uma das "promessas" do nosso Rock Nacional. Desejo sucesso a vocês, e que cresçam cada vez mais! Passo a palavra para vocês, caso queiram deixar algum recado aos leitores e aos fãs da banda...


Teka: Muito obrigada pelos elogios e pela força! Parabéns pela iniciativa do blog de ajudar a divulgar tanta banda boa que temos nesse país. Recado é um só: apoie sua cena local, vá aos shows, escutem os sons, conversem com as pessoas, estejam aí! Não se encostem no tempo e não me venham com o papo de que "o Rock morreu", quem morreu foi o interesse de algumas pessoas em seguir em frente. Abra a cabeça, os ouvidos e o coração que vocês vão ver a enorme quantidade de bandas interessantíssimas que temos por aí.




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